quarta-feira, 29 de abril de 2009

Atividades físicas e saúde

(artigo da revista digital EF y deportes)
Atividade Física & Saúde
Uma tendência dominante no campo da Educação Física estabelece uma relação entre a prática da atividade física e a conduta saudável. A fisiologia do exercício nos mostra inúmeros estudos sustentando esta tese.
Nesta linha, Matsudo & Matsudo (2000) afirmam que os principais benefícios à saúde advindos da prática de atividade física referem-se aos aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos. Os efeitos metabólicos apontados pelos autores são o aumento do volume sistólico; o aumento da potência aeróbica; o aumento da ventilação pulmonar; a melhora do perfil lipídico; a diminuição da pressão arterial; a melhora da sensibilidade à insulina e a diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo. Com relação aos efeitos antropométricos e neuromusculares ocorre, segundo os autores, a diminuição da gordura corporal, o incremento da força e da massa muscular, da densidade óssea e da flexibilidade.
E, na dimensão psicológica, afirmam que a atividade física atua na melhoria da auto-estima, do auto conceito, da imagem corporal, das funções cognitivas e de socialização, na diminuição do estresse e da ansiedade e na diminuição do consumo de medicamentos. Guedes & Guedes (1995), por sua vez, afirmam que a prática de exercícios físicos habituais, além de promover a saúde, influencia na reabilitação de determinadas patologias associadas ao aumento dos índices de morbidade e da mortalidade. Defendem a inter-relação entre a atividade física, aptidão física e saúde, as quais se influenciam reciprocamente. Segundo eles, a prática da atividade física influencia e é influenciada pelos índices de aptidão física, as quais determinam e são determinados pelo estado de saúde.
Dentre os estudos mais expressivos envolvendo esta linha de pesquisa, tem-se o estudo de Paffenbarger (1993). Analisando ex-alunos da Universidade de Harvard, o autor observou que a prática de atividade física está relacionada a menores índices de mortalidade. Comparando indivíduos ativos e moderadamente ativos com indivíduos menos ativos, verificou que a expectativa de vida é maior para aqueles cujo nível de atividade física é mais elevado. Com relação ao risco de morte por doenças cardiovasculares, respiratórias e por câncer, o estudo sugere uma relação inversa deste com o nível de atividade física .
Estudos experimentais sugerem que a prática de atividades de intensidade moderada atua na redução de taxas de mortalidade e de risco de desenvolvimento de doenças degenerativas como as enfermidades cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, diabetes, enfermidades respiratórias, dentre outras. São relatados, ainda, efeitos positivos da atividade física no processo de envelhecimento, no aumento da longevidade, no controle da obesidade e em alguns tipos de câncer (Powell et al.,1985; Gonsalves,1996; Matsudo & Matsudo,2000).
Destas constatações infere-se que a realização sistemática de atividades corporais é fator determinante na promoção da saúde e da qualidade de vida.

Atividades
2-a)
Segundo uma pesquisa realizada Universidade de Stanford (Estados Unidos), as pessoas que praticam alguma atividade física com regularidade correm menos risco de ter doenças degenerativas, câncer e as doenças cardiovasculares.
Em uma outra pesquisa feita pelo educador físico Wantuir Francisco Siqueira Jacini, concluiu se que o planejamento motor, associado a exercícios físicos, pode ser benéfico para a saúde do cérebro, uma vez que melhora a plasticidade cerebral, que é a capacidade de reorganização de estruturas danificadas. Em geral, esses danos são causados por dor ou lesões – entre as quais, o AVC (acidente vascular cerebral). Este aspecto, de acordo com o estudo, justificaria a prática de esportes na reabilitação de pacientes portadores de doenças neurodegenerativas – Mal de Alzheimer ou Mal de Parkinson, para ficar em dois exemplos.
O objeto de estudo de Wantuir Jacini foram os judocas e corredores de longa distância. Já o grupo-controle era formado por indivíduos sedentários, cujos resultados dos exames foram comparados aos dos atletas de elite. No total foram 16 atletas entre judocas e corredores e 20 sedentários, todos com características similares, de peso, altura e idade. Jacini tomou o cuidado de realizar todas as comparações possíveis para obter os resultados sem margem de erro.
Os índices para mensurar o aumento da substância cinzenta no sistema nervoso central foram medidos por voxels, o equivalente a um cubo de um milímetro nos três eixos que compõem a região do sistema nervoso. No caso dos judocas em comparação com os sedentários, ocorreu aumento no volume de substância nas áreas motoras e associativas – esta última envolve visão e memória. Algumas áreas vinculadas a planejamento e concentração também tiveram alterações.

2-b)
Pode-se estabelecer uma relação entre atividade física e saúde, qualidade de vida e até a um bom envelhecimento, logo uma pessoa ativa tem uma vida mais saudável e segura.
As atividades físicas trazem benefícios nos aspectos antropométricos, neuromusculares metabólicos e psicológicos. A prática de atividades físicas podem resultar na melhoria da auto-estima do auto conceito, da imagem corporal, das funções cognitivas e de socialização, na diminuição do estresse e da ansiedade e na diminuição do consumo de medicamentos. A pratica de atividades físicas moderadas e de acordo com as possibilidades de cada um são recomendadas, e atuam na redução da taxa de mortalidade e de desenvolvimento de doenças degenerativas como os problemas respiratórios, cardiovasculares, diabete,osteoporose e hipertensão.
A atividade física também pode auxiliar com efeitos positivos no processo do envelhecimento, aumentando a longevidade. E também não pode-se deixar de ressaltar que as atividades físicas são importantes aliadas no controle da obesidade.
Há estudos que comprovam que os índices de quantidade de exercícios físicos praticados associam-se aos índices de mortalidade. Comparando pessoas, ativas, parcialmente ativas e as menos ativas, pode-se observar que a expectativa de vida é maior para aqueles cujo nível de atividade física é mais alto.

O principio da sobrecarga


Segundo o principio da sobrecarga para uma pessoa obter um resultado satisfatório no exercício físico, ou no treinamento, deverá ser aplicada uma sobrecarga de exercício para a atividade, isso porque, quando um individuo pratica determinado exercício durante um certo tempo e com a mesma intensidade seu organismo, se acostuma com o esforço exercido, o que acaba se tornando relativamente fácil de ser realizado.
Caso não ocorra esse ajuste no ritmo ou na intensidade do exercício não haverá ganho de condição física. Um corredor por exemplo, deve aumentar a distância ou a velocidade da sua corrida a medida que seu organismo se ajuste ao esforço realizado até o momento, e quando o exercício se tornar relativamente fácil novamente, é porque ocorreu um ganho de condição física.
O aumento regular e progressivo da carga de trabalho é que possibilitará a almejada melhoria de rendimento. Pode-se observar que a reação do organismo no inicio é muito rápida e torna-se mais lenta à medida que o individuo atinge níveis de performance melhores e mais elevados.
Dosar bem esse aumento é fundamental, pois um aumento exagerado e muito acelerado também pode levar a sintomas de exaustão.
O principio da sobrecarga está ligado a outros, como o da especificidade, da continuidade, da aplicação da carga crescente, da aplicação da carga variável, da sucessão exata e da periodização.